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Plexos, Edinheiro e Chainlink criam moeda social Aratu no Brasil

O Plexos Institute, a plataforma EDinheiro e a Chainlink anunciaram, na última terça-feira, uma parceria bem interessante que visa democratizar o acesso financeiro em comunidades carentes do Brasil. O projeto foca nas moedas sociais baseadas em blockchain, uma alternativa que pode trazer um novo ar para a inclusão financeira.

Essas moedas sociais são emitidas localmente por Bancos Municipais ou Comunitários e têm um propósito social que ajuda a fomentar a economia local. Um dos benefícios mais significativos é o envio de auxílios para populações vulneráveis, proporcionando um suporte importante para quem precisa. Como destacou João Joaquim, Coordenador do Instituto EDinheiro Brasil, integrar a tecnologia da Chainlink ao sistema já estabelecido do EDinheiro é um passo importante para fortalecer as pessoas e promover uma economia solidária.

O primeiro projeto dessa parceria será lançado em Indiaroba, uma cidade em Sergipe. Por lá, vai circular a moeda social Aratu, um marco na expansão dessas iniciativas em áreas carentes. A população local, que conta com cerca de 18.000 habitantes, é composta em grande parte por marisqueiras, mulheres que coletam mariscos de forma sustentável e que desempenham um papel crucial na economia da região.

Camila Rioja, Presidente do Instituto Plexos, afirmou que a adoção do padrão Chainlink, junto com a evolução do EDinheiro para a tecnologia blockchain, visa aumentar a transparência. Assim, espera-se garantir o impacto social das moedas solidárias, promovendo a autonomia das comunidades. A Aratu é um exemplo claro de como a inovação social pode se adaptar às realidades locais e agora, com essa nova abordagem tecnológica, promete crescer ainda mais.

Primeira moeda social do Brasil emitida em blockchain

Com a emissão da Aratu em blockchain, essa será a primeira moeda social no Brasil a utilizar essa tecnologia. Desde 2002, as moedas sociais já fazem parte do cenário nacional, com a Palmas, criada pelo Banco Palmas em Fortaleza (CE), sendo a mais famosa e pioneira. Em 2025, o Brasil contava com 182 moedas sociais ativas, espalhadas por várias comunidades e impactando aproximadamente 250 mil pessoas. Nos últimos anos, essas moedas movimentaram mais de R$ 1 bilhão em transações, e em 2024, mais de 12 milhões de transações foram feitas entre usuários.

Dessas 182 moedas, a maioria, 178, opera de forma autônoma em comunidades específicas, enquanto 11 são iniciativas municipais, instituídas por prefeituras. O diferencial da Aratu é a utilização da tecnologia blockchain para aumentar a transparência, facilitar a inclusão financeira e favorecer a governança democrática nas populações carentes.

A Chainlink entra para garantir uma conectividade segura e confiável entre dados e sistemas, tanto off-chain quanto on-chain. Isso possibilita processos automatizados e auditáveis, ajudando em relatórios comunitários e no cumprimento das normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira. Essa camada de segurança é crucial para o sucesso da moeda social.

Além disso, o projeto da Aratu será o primeiro caso real da Rede Blockchain Brasil (RBB), uma infraestrutura digital pública que está sendo desenvolvida pelo Tribunal de Contas da União e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa iniciativa mostra como a tecnologia blockchain pode ser uma força propulsora para o desenvolvimento econômico descentralizado e inclusivo, reforçando a resiliência local e promovendo inovações na infraestrutura pública.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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